ESG é uma sigla em inglês para environmental, social and governance que em português significa Ambiental, Social e Governança (ASG). Este conceito vem influenciando nas tomadas de decisões dos investidores por todo o mundo.
O termo ESG é utilizado para mostrar que a empresa tem práticas tanto ambientais, quanto sociais e de governanças corporativas. Ou seja, que a empresa segue operações socialmente responsáveis, sustentáveis e mantém boas práticas administrativas.
Para entender melhor os 3 pilares do ESG, continue a leitura!
Quando começou e por que surgiu o ESG?
As práticas ESG foram mencionadas pela primeira vez em 2004, no documento chamado “Who Cares Wins”. Porém o conceito só entrou em ação em 2020, quando a gestora de fundos BlackRock, o definiu como principal critério de investimento.
Sendo assim, as organizações que não eram comprometidas como o meio ambiente, o social e ações governamentais, ficariam de fora dos investimentos. Logo, as empresas se viram pressionadas a reverem suas condutas internas e externas.
O ESG veio com o objetivo de melhorar o relacionamento da empresa com o meio ambiente e também com a sociedade como um todo.
Já os fatores sociais e de governança, trazem reflexões como direitos humanos, políticas trabalhistas, transparência, inclusão e diversidade.
Veja abaixo como funciona cada um dos pilares do ESG.
Ambiental, social e governança: o que significa os pilares do ESG?
Segundo o Global Sustainable Investment Alliance, as práticas ambientais, sociais e de governança já chegaram a US $31 trilhões no mundo, representando 36% dos ativos financeiros.
Por isso, os investidores têm se mostrado cada vez mais interessados em ativos que seguem os princípios do ESG.
Mas antes de colocá-los em ação, é preciso conhecê-los. Então, vamos lá!
- Ambiental
O fator “E” (environment ou ambiente) avalia as operações da empresa na responsabilidade com o meio ambiente e a sustentabilidade.
E verifica se há projetos internos que visem defender os recursos naturais, diminuir a emissão de gases de efeito estufa, proteger a biodiversidade e os recursos hídricos, amenizar o impacto à natureza e fazer a gestão de resíduos e efluentes.
- Social
O fator “S”, da sigla ESG, está direcionado ao relacionamento da empresa com os colaboradores, fornecedores, clientes e com a comunidade em geral.
Para estar de acordo com o conceito social, as empresas devem zelar pelo cumprimento das leis trabalhistas, promover o engajamento entre gestão e funcionários e manter um bom relacionamento com a comunidade.
Todos esses itens refletem os valores da empresa, além de mostrar preocupação com o bem estar do funcionário em geral, garantindo benefícios, plano de previdência e etc.
- Governança
Já o fator “G”, está relacionado às políticas administrativas dentro da empresa. Ou seja, como é o relacionamento interno, entre sócios, conselho de administração, diretoria e etc.
Para isso, é avaliado os projetos de anticorrupção, canais de denúncias, auditorias e conduta corporativa.
Além disso, outros fatores devem ser levados em consideração, tais como: bom relacionamento com acionistas e independência dos membros do conselho administrativos – sem terem vínculos contratuais com a empresa.
Por que ser uma empresa com práticas ESG?
O investimento em práticas ESG pode trazer diversos benefícios para a empresa.
Além dos acionistas levarem esse quesito em consideração nas suas tomadas de decisões, os consumidores também têm preferido adquirir produtos de empresas que se mostram preocupadas com o meio ambiente.
De acordo com uma pesquisa realizada pela agência Union + Webster, 87% dos brasileiros preferem produtos de empresas sustentáveis.
Dados da Bloomberg, prevê que até 2025, o número de investimentos em empresas ESG deve chegar a US $53 trilhões.
Inclusive, em outra pesquisa realizada pela PwC, os investidores mencionaram que pretendem parar de investir em produtos que não sejam ESG, nos próximos dois anos.
Empresas ESG e as crises
Além do mais, foi notada uma relação com empresas ESG e o retorno perante crises.
Em meio a pandemia da Covid-19, 94% dos produtos de empresas ESG obtiveram uma performance maior que seus concorrentes.
Até mesmo durante a queda do petróleo, em 2015, 78% dos investimentos com práticas ambientais, sociais e de governança ficaram acima da média.
ESG e o mercado brasileiro
Já no Brasil, apenas em 2020 os fundos ESG captaram cerca de R$ 2,5 bilhões, de acordo com o levantamento feito pela Morningstar e pela Capital Reset.
Até junho, os fundos de ações classificados como Environmental, Social and Governance tiveram o melhor desempenho entre todas as categorias, acumulando uma alta superior a 11%.
A responsabilidade social, ambiental e corporativa tem chamado a atenção dos investidores, e se tornaram fundamentais nas análises dos riscos e nas tomadas de decisões.
Para saber como atender os critérios do ESG, leia o tópico abaixo!
Como se tornar uma empresa ESG?
Não existe um selo que identifique as empresas ESG, para atender os critérios e princípios é preciso pensar em cada pilar: ambiental, social e de governança.
Cada empresa precisará se adequar conforme o ramo do seu negócio. Por isso, é preciso uma análise de um setor específico – com um corpo técnico multidisciplinar, entre jurídico, assessoria ambiental, entre outros – para mostrar qual caminho traçar para alcançar as exigências do ESG.
Mas veja abaixo quais itens você deve levar em consideração, para atender as exigências do ambiental, social e de governança na sua empresa.
Ambiental
- Controle das emissão de CO2 e outros gases prejudiciais;
- Desmatamento e queimadas, ou adotar ações de reflorestamento;
- Uso de fontes de energia renováveis;
- Gestão de resíduos;
- Posicionamento sobre as mudanças climáticas e aquecimento global;
- Redução de poluição na água ou no ar decorrentes das operações da empresa.
Social
- Salário justo para os funcionários;
- Programa de treinamento, qualificação e desenvolvimento;
- Cumprir a política dos direitos humanos dentro da empresa;
- Praticar o código de defesa do consumidor;
- Refletir sobre o impacto da empresa na comunidade;
- Incentivo a inclusão e a diversidade;
- Erradicação do trabalho escravo e infantil;
- Prevenção contra o assédio sexual e moral.
Governança
- Transparência financeira e fiscal;
- Relatórios financeiros completos;
- Práticas anticorrupção;
- Independência e diversidade do conselho;
- Comitês de auditoria e fiscalização;
- Ética e integridade corporativa;
- Combate à discriminação de qualquer espécie;
- Direitos e garantia para acionista, entre outros stakeholders;
- Gestão de riscos.
Conclusão sobre empresas ESG
O conceito “Environmental, Social and Governance” vem ganhando grandes proporções.
Segundo dados do Google Trends, o termo ESG, no Brasil, cresceu 150% em apenas um ano. Estando o Brasil entre os 25 países no mundo que mais buscou pela temática.
Ou seja, isso demonstra a preocupação do mundo corporativo em se adequar a essas novas regras. Até por que, algumas leis entram na prática do ESG, como:
- Lei 13.986/20 (Lei do Agro);
- Lei 13.709/18 (LGPD);
- Lei 6.474/76 (Sociedades Anônimas);
- Lei 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente);
- Lei 13.576/17 (RenovaBio);
Para estar de acordo com os requisitos ambientais do ESG, você pode entrar em contato com a Ambiento Brasil, prestadora de consultoria ambientais, em diversas áreas de atuação! Faça um orçamento conosco!